AIDS
Aids,
ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença
infecto-contagiosa causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency
Virus), que leva à perda progressiva da imunidade. A doença – na
verdade uma síndrome – caracteriza-se por um conjunto de sinais e
sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células
muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a
moléstia progride, mais compromete o sistema imunológico e,
consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de
infecções.
Sintomas
Na maioria dos
casos, os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos
a um mal estar passageiro. Quando se manifestam mais intensidade, são
os mesmos de várias outras viroses, mas podem variar de acordo com a
resposta imunológica de que cada indivíduo.
Os mais comuns são
febre constante, manchas na pele (sarcoma de Kaposi), calafrios,
ínguas, dores de cabeça, de garganta e dores musculares, que surgem
de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair o vírus.
Nas fases mais
avançadas, é comum o aparecimento de doenças oportunistas como
tuberculose, pneumonia, meningite, toxoplasmose, candidíase, etc.
Diagnóstico
Existe um exame de
sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa.
Em média, ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20
dias após o contato de risco. Se depois de três meses o resultado
for negativo, não há mais necessidade de repetir o exame, porque
não houve infecção pelo HIV.
No Centro de
Referência em Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste
laboratorial mais rápido, cujo resultado sai algumas horas depois da
coleta de sangue.
Transmissão
O vírus HIV
sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim,
sua transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área
ferida do corpo.
AIDS não se
transmite por suor, beijo, alicates de unha, lâminas de barbear, uso
de banheiros públicos, picadas de mosquitos ou qualquer outro meio
que não envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou
produtos sanguíneos infectados. Existe também a possibilidade da
transmissão vertical, ou seja, da mãe infectada para o feto durante
a gestação e o parto (AIDS congênita).
Os pesquisadores
ainda não sabem se sexo oral é capaz de transmitir a síndrome.
Tratamento
Foi só no final de
1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os
portadores do HIV. A possibilidade de associar várias drogas
diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do
tratamento da AIDS, que deixou de ser uma moléstia uniformemente
fatal para transformar-se em doença crônica passível de controle.
Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem
conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma
vida bastante longa.
As normas
brasileiras e mundiais determinam que não se deve introduzir o
coquetel de medicamentos se as células CD4 estiverem acima de 350.
Quando seus valores estão entre 200 e 350, a decisão de
introduzi-lo deve ser tomada caso a caso. Abaixo de 200, ele é
obrigatoriamente indicado para corrigir a deficiência imunológica.
Dentre os efeitos
colaterais do coquetel, podemos citar a lipodistrofia, isto é, a
redistribuição da gordura pelo corpo. Ela diminui muito no rosto,
que fica encovado, nos membros superiores, inferiores e nas nádegas,
deixa as veias muito visíveis e provoca acúmulo de tecido adiposo
no abdômen.
Além de tonturas,
diarréia e enjoos, a toxicidade dos remédios pode provocar danos
para o fígado, para os rins, assim como acentuar o processo de
aterosclerose e aumentar o risco de doenças coronarianas. No
entanto, de modo geral, o tratamento é bem tolerado pelos pacientes.
Prevenção
O uso da camisinha
nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da AIDS.
Também é imprescindível usar somente seringas descartáveis.
Gestantes devem
obrigatoriamente fazer o teste de HIV durante o pré-natal. Se
estiverem infectadas, é fundamental iniciar logo o tratamento a fim
de evitar que o vírus seja transmitido para o feto. Hoje, é
perfeitamente possível para uma mulher infectada engravidar e dar à
luz um bebê livre do vírus.
Recomendações
* Use sempre
camisinha em todas as relações sexuais;
* Faça o teste
Elisa ou o teste rápido oferecido pelo Centro de Referência em
Treinamento em DST/AIDS sempre que houver qualquer possibilidade de
você ter-se infectado. Mulheres devem realizá-lo antes de
engravidar;
* Não considere a
AIDS como uma sentença de morte. Depois do aparecimento do coquetel,
ela se transformou numa doença crônica que ainda não tem cura, mas
pode ser controlada;
* Não desanime
diante dos efeitos adversos de alguns medicamentos que compõem o
coquetel. Eles podem ser contornados com mudanças no esquema ou com
o uso de outros remédios;
* Procure
alimentar-se bem e dormir as horas necessárias;
* Não fume nem
abuse de bebidas alcoólicas.
Fonte:
Site do Dr. Drauzio Varella
http://drauziovarella.com.br/sexualidade/aids/aids/